Victor Requião

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domingo, 19 de outubro de 2008

E mesmo de longe, de lugares onde nunca pensei estar
Sei que existe de onde vim, um mundo lá que passa
Sem que eu esteja, e que procuro não pensar.
Pois se assim fizesse, estaria mais lá, e não aqui.

E nas viagens, me diluo em novas águas
Ganhando novas cores e me esqueço de outros eus
Sendo ínteiramente um novo,
Envolto em novos traços de pele.

Irei agora ver o horizonte
E deixar que se vá a última gota de um eu meu,
Em direção ao rio que desce para o mar.

sábado, 4 de outubro de 2008

Há muitas músicas para serem ouvidas em conjunto,
Apesar de poder deixá-las a tocar o dia inteiro
Em um quarto onde o Sol entra pela janela,
Sem precisar que lá eu esteja,
E torna tudo diferente na voz de quem canta.

Enquanto não chega, viajo e deixo estar.
Deixando que tudo na minha ausência repouse,
E as melodias sejam transportadas comigo,
Cantando em lugares por onde passo
E que acabam ficando em mim.

Não lembro delas como antes,
E por estarem comigo sempre serão elas.
Sendo nas vozes do mundo, onde em pé fito as diferenças
Dos sons das terras que me cruzam,
Abrindo as porteiras para quem ainda não sabe quem sou.

E quando souber, não precisarei dizer nada
Apenas cantar na intimidade da voz minha, mas também dela,
As músicas que compartilharemos
Em noites que antecedem ao Sol que entra pelas janelas.