Victor Requião

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sábado, 28 de fevereiro de 2009

O monge da túnica azul

O monge desconhecido se mostrou ao menino
Dando-lhe conselhos e silêncio.
E o menino sabendo da existência do monge,
Refletindo, se sentia tocado pelo outro plano.

Hoje, depois de anos, num dormente período de silêncio
Ele manda mensagens ao monge invisível,
Em noites de cansaço, em terras distantes.

Não se sabe do monge,
Apenas do seu nome, e um pouco das terras por onde passou.
Elas criaram imagens na cabeça do menino,
Com casas brancas nas rochas da ilha ensolarada, e povos em meditação.

Hoje, pensando no monge
Lembra dos laços paternos, ancestrais e ditos por ele.
Mas ainda não vistos,
Apenas sentidos no olho que pulsa em sua testa no escuro...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vapores juvenis


O pão saiu do forno, haviam vapores que subiam e circulavam no ar, foi quando ela entrou acompanhada de sua mãe. Ao cruzar quem a observava, não lembrou quem era, e simplesmente seguiu perdendo forma, apenas podendo ser vista a sua roupa como um borrão etério entre os vapores húmidos que subiam dos pães recém tirados. A mãe, bela e com traços delicados, a acompanhava e havia encolhido. Os anos fizeram a filha tanto aumentar de estatura como de imponência, não algo rude, mas como se a vida agora cobrasse mais dela que de sua mãe.

Então, ao ser aberto por ele o saco de pães quentes e vaporosos, o sabor da mocidade veio à lembrança. E a sabedoria de que os anos passam, e passam. Enquanto as estruturas do mundo com suas casas, colégios e edifícios, por mais que pareçam estanques, se desgastam com o tempo e observam como grandes portais aqueles que cruzam por seus espaços. Desde o (re)nascimento, até novos, e distantes lugares.

Ele, quem observava, se foi e olhando para trás não via mais sinal algum das duas, a menina-mulher e sua mãe. E também havia se dissipado os vapores, caminhando avistava as pessoas a passar pela rua enquanto via o lugar onde crescera, mas agora envolto em novos ares de mocidade.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Naturalmente

Não força tua natureza,
Não será na busca que haverás de encontrar.
Mas na não-procura, na sinceridade do contemplar.
A beleza que irradia de ti,
E que perceberás apenas,
Quando naturalmente o teu sorriso retribuir.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tambor ao Sol




O tambor ancestral vibra em terras distantes
Não somente em peles pintadas,
Mas em peles nuas
Douradas pelo Sol.

E a mulher em voz firme
Como menina olha para o alto
Cantando sua vida
Sentida da terra, em baixo.

Etheric

Fantastic!

-

"And with his fingers he will push..."




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Tempo, tempo...

Sugestão de leitura: "Dê tempo ao tempo"

O tempo perfeito,
É a continuidade dos breves belos momentos,
Que mesmo separados por intervalos onde não se vê beleza,
Não se deixam cessar.

Mãos (in)conscientes


A experiência do camponês,
Que planta arroz e tem suas mãos calejadas de anos,
Acabou por esquecer o seu início
De mãos lisas e aprendizado desconhecido.

Hoje inerte, continua a arrancar as raizes
Com as mãos grossas e inconscientes
Esquecendo que os seus dedos ao alisar a terra,
Soltando as raizes encharcadas,
Importam mais que a agilidade do seu arrancar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Força oculta




A bruta árvore debruçou-se sobre o vale
E cegamente tocou o vento,
Atribuindo méritos ignorantes aos seus galhos antigos.
Desconhecendo que a força da terra em suas raízes
Deram-lhe a altura não merecida.

A Vaca de Fogo


A vaca de fogo saiu às ruas de pedra,
Levantando as tradições antigas aos ares
Vindos do campo com a essência da terra.

Lá rodopia o fogo multicor
Fazendo correr as crianças na alegria da noite...

One

He is not at home,
The man and the hidden soul.
Both at once, behaviours misunderstood
By those who haven't paid attention at the sun's conscienceness
And whose life, at a certain point,
Became a sequence of unremained footsteps.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Rainha

Alcançou outros áres,
O espírito sutil, que da terra densa se elevou.
E no campo ensolarado, ela a Rainha, trouxe o elixir
Envolvendo-o em perfume, e vitalidade.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vista de longe

A meditação lembra,
Beleza não necessita ser dita.
E mesmo que seja, não muda nada.
Nem você, nem ela.

E quando ela nota o silêncio,
Sorri e alisa-lhe o braço.
Vendo o reflexo dela
No olhar que não esperava...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Hierophant

The strongest and most pure feeling is made from the weak ones,
Transmuted from messages
And desires of hapiness.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O espírito transpassa o corpo e vai às alturas...