Passa um barco desconhecido frente ao mar,
Acena ao longe uma figura sem forma
Mas não sabes se ela quer que vás com ela,
Levando contigo nada, nem mesmo o Eu.
Enquanto isto observas o barco
E procuras não pensar,
Na dúvida se a figura verá o teu aceno de volta.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Aceno ao mar
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versos
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É!
Este texto me fez lembrar que eu não conheço o mar, uma coisa que eu gostaria de fazer ...
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Véio,
O mar é grande, passarão muitos barcos desconhecidos, com formas desconhecidas de Eus desconhecidos. Sobre as dúvidas, do saber se vai ou não, se deixa o barco seguir ou se acompanha-o, é que vem calcado o maior desafio da vida, desafio da escolha, que é o que faz o ser perceber-se só. Resta lançar-se e descobrir.
O texto me trouxe alguma coisa de Pessoa em "Tabacaria" e me fez lembrar também um trecho de"O Filho de Zanoni".
Abraço!
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