Do outono, apenas percebo o balançar das cortinas ao vento
E as núvens ao longe que cobrem tudo,
Desaparecendo num instante e abrindo o céu ao Sol por completo.
Costumava ouvir durante anos
Uma mesma canção ao sentir os ares do outono
E repeti-la até o fim do inverno, ela está comigo agora.
A cidade continua a mesma,
Não por minha forma, que muda constantemente a cada olhar.
Mas pela certeza de ela continuar sem precisar de mim.
E isto é assim, desvanecendo um pensamento, forma, ou olhar
Para que novos venham, e sigam em outras maneiras.
Nelas me incluo, e sinto o Sol com um modo particular à cada manhã.
Pois nas cortinas entreabertas,
O vento balança, e eleva o som do seu balançar.
Como se dissesse que apesar do meu silêncio, há uma Natureza que pulsa lá fora em cada estação.
E em mim.
domingo, 29 de março de 2009
Silêncio de uma manhã
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versos
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Lindo texto!
Não sabia que vc tinha essa ligação com Outono, em meio aos signos do Hades!!!
(risos)
Bj Grande!!!
tudo nesta vida faz parte de duas naturezas... a exterior e a que existe dentro de nós mesmos!!!
lindo poema!!!
gabi
:)
interessante..