Ao olhar da janela de vidro de lá do alto,
Enquanto bebia uma chicará de café,
Via as árvores da floresta que balançava.
O céu cinza e o vento ligeiro embalavam
A tarde que entre elas silenciava.
Até que uma das árvores me chamou a atenção,
Não era a mais alta da floresta
Da minha visão eu percebia o seu balançar junto com as demais.
Eu, com pensamento leve e sem nada pensar
Contemplava o matiz que fluia do verde ao cinza do céu.
Sua copa, revelava-se em dois tons
Parecendo mudar de cor constantemente,
Indo do verde que a confundia às suas irmãs
Ao amarelo ouro que a tornava tão diferente.
Tão logo eu a olhava por muito tempo, voltava lentamente ao seu verde original!
E quando eu tirava o olhar dela por um tempo,
Voltando a minha atenção para o café que esfriava,
Olhando-a novamente toda a sua copa reluzia
E o meu olhar se envolvia no novo matiz dourado,
Parecendo que conscientemente queria distinguir-se das demais!
Mas tão logo o café acabou,
O mundo dos homens me chamou de volta aos afazeres.
Deixei-a reluzindo diferentemente em seu mundo.
Pois sei que naquele momento era só eu e ela
Não havendo linhas tênues a separar os nossos mundos.
domingo, 24 de maio de 2009
Sintonia entre mundos
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versos
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