Victor Requião

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Contos Interditos - Parte 23

Reinvento

As sensações silenciaram durante um tempo, algo que tende sempre a nos levar para um estado diferente, talvez cego de certas coisas que estão simplesmente acontecendo ao nosso redor. Sei que tudo sempre está a acontecer, bastando um simples gestou ou uma simples coragem de ir lá e movimentar a roda, para que o curso da história de uma de nossas vidas seja direcionado para caminhos completamente diferentes, sejam tortuosos à primeira vista e depois revigorantes, ou muitas vezes plácidos e desconhecidos. Esse tal momento constante e infinito de completo reinvento de si mesmo é algo que não percebemos à primeira vista, essa constante necessidade da própria consciência de poder metamorfosear-se em um completo ser novo e fazer valer a sua própria vida. Vida esta que se permeia em milhares condidas em uma só, como o próprio raio do sol pode ser decomposto em outros multicores, mais intensos ou quietos a depender da força da chuva que o banha.

Sei que Hesse e Tomas sentiram e continuarão sempre a sentir tal pensamento, não o sinto como antes, talvez este processo tenha servido para que uma nova forma de simplesmente observa-los e participa-lhes da essência fosse descoberta. E quando paro e respiro fundo, sentindo o aroma dos cabelos delas, e da forma como dançavam ao redor da fogueira, percebo o quanto lúcido esse novo caminho se mostra à minha frente. Ah, os sorrisos...

"De trás do que sempre foi visto,
Algo estaria sempre a ser mudado.
Das mais leves sensações,
Por mais que em essência sejam as mesmas,
Seriam sentidas em novas cores.

E do gesto leve de simplesmente ser filha do próprio universo,
Ela sorriu olhando ao céu.
O vento soprou,
Trazendo sorrisos banhados em Sol."

Lídia e Vick)

Comments
1 comments
Anônimo disse...

Muito bom.

Sejamos destemidos ante as mudanças e sempre abertos a novos (auto)conhecimentos.
Mentes pueris arriscando as mais variadas aventuras sem temer o fracasso ou a critica alheia.

Reinventar é preciso. Rs

Abraço.

K.

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