Victor Requião

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vapores juvenis


O pão saiu do forno, haviam vapores que subiam e circulavam no ar, foi quando ela entrou acompanhada de sua mãe. Ao cruzar quem a observava, não lembrou quem era, e simplesmente seguiu perdendo forma, apenas podendo ser vista a sua roupa como um borrão etério entre os vapores húmidos que subiam dos pães recém tirados. A mãe, bela e com traços delicados, a acompanhava e havia encolhido. Os anos fizeram a filha tanto aumentar de estatura como de imponência, não algo rude, mas como se a vida agora cobrasse mais dela que de sua mãe.

Então, ao ser aberto por ele o saco de pães quentes e vaporosos, o sabor da mocidade veio à lembrança. E a sabedoria de que os anos passam, e passam. Enquanto as estruturas do mundo com suas casas, colégios e edifícios, por mais que pareçam estanques, se desgastam com o tempo e observam como grandes portais aqueles que cruzam por seus espaços. Desde o (re)nascimento, até novos, e distantes lugares.

Ele, quem observava, se foi e olhando para trás não via mais sinal algum das duas, a menina-mulher e sua mãe. E também havia se dissipado os vapores, caminhando avistava as pessoas a passar pela rua enquanto via o lugar onde crescera, mas agora envolto em novos ares de mocidade.

Comments
1 comments
gabi disse...

oi!!!

muito bons textos...

espero poder ler mais!!!

=)

continuação de bom trabalho!!!

Gabi(Portugal)

:)

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