Victor Requião

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ontem eu tive um sonho, e antes de ontem eu colhi o sereno com as mãos...

Voltando de lá, de terras não minhas que me acolhem
Faço-me vivo como num instante,
E neste pequeno tempo ligeiro
Tudo me pulsa frente aos sentidos em afagos de sinceridade.

Por lá, anseia meus pulmões pelo ar da calmaria
Pelo ritmo de estar na sensação do lar que me escolhe
Reconstruindo cada fragmento meu
E unindo cada um deles pelo direito de me reinventar.

Ao voltar para o meu quarto envolto em novos olhares
Percebo que a janela, tão vista e despercebida aos olhos
Traz de volta o luar antes esquecido
E lá sem raciocinar me aproximo.

Mas então, sim os meus olhos notam
E há céu, sempre houve lá em cima
Tanto nas noites de luar
Quanto no breu da lua nova.

Sem perceber, pelo menos no início,
Sou abraçado como amigo pela escuridão,
E dos meus braços esticados da janela
Colho o sereno com as mãos.

Ah, da Natureza e do seu amor
Sinto o chamado e o calor da volta à Verdade.
Não, ainda não a vejo por completo
Mas há algo que sintila e me faz adormecer.

E num sonho que mais parece uma encarnação
Há os montes e o brilho das paredes de pedra
Que resplandecem do alto frente ao vale entre os montes.
Lá havia cor e a Verdade dançava como menina.

No meu amor envolvo o meu sossego
E no sorriso teu comigo vem a vontade de ser natural contigo, menina.
Pois estarei além das ventanias, sim!
Para surgir na eterna beleza que anima minha alma.

Comments
1 comments
Unknown disse...

Que lindo, meu amor! como sempre escrevendo coisas belas :) bjos

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