Victor Requião

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bing-Bang

Uma criança ri ao longe e vive a sua inocência,
Nela não há mais o que sentir, não há o que esperar.
Pois não lhe cabe qualquer pensamento neste aspecto,
Apenas exaltar o que é realmente, o que sente e lhe toca os sentidos.

E vem momentos, como vidas dentro da própria idéia de existir
Que se tornam ausentes de sentido,
Pois o ultrapassar uma dessas vidas à uma outra, dentro da mesma idéia de existir,
Faz como que se passe por um espaço neutro e vazio entre elas
Onde não há nada que se possa compreender enquanto se está nele.

Todos os sentimentos conhecidos se chocam com uma força nunca vista antes
Como se lutassem pela anulação de tudo, deles principalmente!
Como se tentassem sobressair em algo maior, vindo realmente do mais puro vazio interior
Assim como a criança que nasce e nada espera do mundo, nem lhe deseja nada.

E nesse mesmo sentir das diversas vidas, há diversas mortes.
Conscientes e tênues como lâmina fina que separa a existência em fragmentos
Como que numa tentativa evolutiva de exaltar a unidade,
Aquela presente no universo cósmico, aquela interior ao próprio átomo.

Sim, mas o que haveria de acontecer para estes fragmentos voltarem a ser uma vida?
De que forma uma outra verdadeira poderia nascer,
Como aquela antes de ser impulsionado ao espaço vazio e à dor da neutralidade entre estes fragmentos de vida,
Uma vida que pareça toda uma realidade?

Comments
1 comments
Soluz disse...

.'.

Véio,

Lembrei de "pedra d'água"...

Abraço!

'.'

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