Victor Requião

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Mãos dadas



"Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlaçemos as mãos). "

F. Pessoa

E tudo vem mudando
Tão sutilmente, indiretamente.
Fazendo estar próximo e quase tocando
O que havia pensado, e até preferido, que longe estivesse!

Mas pensando bem,
O querer existia, e mesmo agindo diferente,
Mesmo cultivando outros jardins,
Havia a semente por trás do quintal.
Que surgia como se durante o sono fosse regada
Para que quando acordasse, nada fosse lembrado.

O que virá desta semente?
Uma flor, certamente.
Mas haverá frutos, novas sementes?
Haverá sombra por onde deitar e observar quem passa ao longe?

Não importa, apenas vale é o que vingou.
E de nada há o pensamento,
Quem além de simplesmente recear novamente,
Imagina que tudo retornou.

Mas que venha,
Estando entre os mesmos jardins,
Mas em novas tonalidades naturais
E em um novo brotar da terra...

Comments
1 comments
Soluz disse...

.'.

Irmão,

Não haverás de encontrar fruto de semente estéril se bem cuidadas forem tuas plantas e bem regado o teu jardim.

Além do mais, a expectativa acerca do fruto deve ser abrandada, para que ele se mostre com a forma e o sabor que tem, não decepcionando com as qualidades que poderia ter.

Luz!

'.'

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