Victor Requião

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domingo, 29 de março de 2009

Silêncio de uma manhã

Do outono, apenas percebo o balançar das cortinas ao vento
E as núvens ao longe que cobrem tudo,
Desaparecendo num instante e abrindo o céu ao Sol por completo.

Costumava ouvir durante anos
Uma mesma canção ao sentir os ares do outono
E repeti-la até o fim do inverno, ela está comigo agora.

A cidade continua a mesma,
Não por minha forma, que muda constantemente a cada olhar.
Mas pela certeza de ela continuar sem precisar de mim.

E isto é assim, desvanecendo um pensamento, forma, ou olhar
Para que novos venham, e sigam em outras maneiras.
Nelas me incluo, e sinto o Sol com um modo particular à cada manhã.

Pois nas cortinas entreabertas,
O vento balança, e eleva o som do seu balançar.
Como se dissesse que apesar do meu silêncio, há uma Natureza que pulsa lá fora em cada estação.

E em mim.

Comments
4 comments
Bibi, pode ser? disse...

Lindo texto!

Nanã disse...

Não sabia que vc tinha essa ligação com Outono, em meio aos signos do Hades!!!
(risos)

Bj Grande!!!

gabi disse...

tudo nesta vida faz parte de duas naturezas... a exterior e a que existe dentro de nós mesmos!!!

lindo poema!!!

gabi

:)

Unknown disse...

interessante..

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