Victor Requião

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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Perfume


Ainda posso sentir o perfume em minhas mãos, ainda posso.
O perfume que me faz esquecer quem sou,
Que me faz transpor as leis que mesmo escrevi
E que hoje queimo todas,
Deixando que se vão como centelhas na noite de mim mesmo.

Quero o alto, novamente o alto!
Ver de lá de cima o que não me tem,
O que me conduz ao estado de simplesmente não ser nada.
Simplesmente sensações, ouvir, sentir
Olhar para o que nada sou...

Não sentir cheiro absolutamente nenhum,
E poder perceber isso.
Não olhar para nada somente por olhar,
E não raciocionar sobre isso.
Sentir todos os deuses,
Deixa-los com o perfume das flores que brotam
E secar-me com elas, em essência secar!

Olhar para as árvores que passam.
Velozmente passam por meus olhos
E somente percebo, sinto-me como elas.
Pequeno e belo com algo que renasce das cinzas.
Como folha caída do alto,
E presa nos cabelos de alguma Deusa menina.

Sinto-me queimar!
Como chama cativa em briza leve
Motivos eu já nem sei,
Nem que seja somente estar
E viver um segundo de eternidade.

A dor a revelar o que de explêndido posso perceber,
Os sorrisos que posso sentir e me ter com eles.
Sabendo que apenas posso olhar e nada mais,
Sendo como o sol alto, refletido em lótus branca
Com direito a matizes que ainda não posso perceber.

Comments
1 comments
Unknown disse...

queria eu ser capaz de julgar suas palavras, se eh que o queria, acho q fico feliz de não o se-lo mais... queria eu ser capaz de entender o amor q corre em minhas veias todas as vezes q olho pra ele... queria eu que ele me tomasse por inteiro e me levasse pra qq lugar, se erro ou acerto, se vida ou morte, nao mais me importo... nao depois que descobri que nada aqui me satisfaz... que já rodei por todos os lugares e vi todas as casas... depois de tanto procurar entre amigos, depois de tanto tentar entender os segredos do universo... parei pra ver os meus segredos e todos os outros jah nao mais importam... "no fundo do copo eh onde estou, torna-te vazio para que possa me encontrar" cartas de amor, jacob beilhart.

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